O caminho entre o vestibular e a formatura é longo, cansativo muitas vezes, e em inúmeros casos dá vontade de espremer o tempo para caber tantos trabalhos, as provas, a logística de ir e vir do estágio e ainda dar conta de tantas outras responsabilidades, inclusive as financeiras.
E quando finalmente chega o dia tão esperado e que ao mesmo tempo deixa tantas saudades, você sai com aquela mala de sonhos, pronta para embarcar na estação da transformação do mundo e do meio no qual se escolheu atuar.
Então começam a chegar projetos de trabalho, um salário para fazer o que gosta. A liberdade de fazer o que bem quiser, a independência, tudo tão bom que nem se vê o tempo passar.
Até que o despertador de um tal de relógio biológico começa a fazer barulho.
Escolhas....vamos falar sério? Por que são tão difíceis às vezes?
Maternidade em tempo integral ou carreira pode ser um dilema.
Os exemplos dos pais e avós, ficam pra sempre guardados nas lembranças, em maior ou menor proporção mesmo sem querer: quem tinha a maior renda, de quem era a responsabilidade provedora, quem cuidava do dinheiro, quais atividades eram exercidas pela mãe, quais os passeios que a família tinha condições de fazer nas férias e até mesmo de quem era a responsabilidade de cuidar dos filhos.
No entanto, agora são outros tempos e é importante reavaliar se todas essas experiências continuam cabendo e se adaptam no presente.
Escolher o caminho da maternidade é entender que a nada mais será como antes, independente de qual atividade a mais nova mãe esteja exercendo. Embora as 48 semanas de gestação pareçam longas demais, é tempo suficiente para calcular infinitas vezes quanto custa criar filhos e enlouquecer com os resultados que insistem em parecer que estão errados!
Que valores são esses, afinal de contas?
O custo de uma escolinha versus alguém de confiança? Roupinhas novas ou usadas? Precisa mesmo de um carro maior? Que tal rever o atual padrão e estilo de vida? Simplificar pode ser uma alternativa.
Há fatos que são naturais e continuarão acontecendo: as estações do ano mudam uma após a outra, a lua vair dormir enquanto o sol se espreguiça, os filhos crescerão, voarão para onde bem entenderem e com quem escolherem! E o que vai sobrar depois?
Uma mãe não vai deixar de ser mãe por escolher seguir com a sua carreira e seus sonhos. Essa equação não é excludente e sim complementar, melhor ainda se for polvilhada de alegria, leveza e presença no presente.
Haverá sim momentos desafiadores e vinte e quatro horas parecendo pouco, mas organizando, pedindo ajuda, acolhendo o que chegar e aceitando que a perfeição não existe, tudo continuará seguindo dentro dos conformes, com subidas, descidas e vários rodopios enlouquecedores, claro!
O melhor caminho, sem dúvida, vai ser o escolhido!
Um abraço,
Adriana
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